Proust e sua relação com as artes
A arte tem como finalidade dá prazer. Essa idéia é aristotélica e perdurou em toda a história da arte. A tragédia embora seja terrível, tem como finalidade fornecer prazer. Para Proust a arte é a única que dá prazer intenso. A idéia de prazer está sempre presente no contexto artístico gerando múltiplas definições sobre as “irmãs gêmeas” arte-prazer. A posição aristotélica sinaliza que é compreendendo que se tem prazer.
Kant vai falar do prazer de ser fundamental ao ser original. Ser original é fundamental diz ele. Foucault ao abordar a linguagem, leva-a ao infinito, estabelecendo uma ruptura com a linguagem padrão, linguagem modelo. A palavra de Deus é a linguagem da perfeição, é o cânone que o homem teria que copiar e se aproximar. Seria uma espécie de modelo no qual não haveria originalidade. Na morte de Deus, isto é, na morte do modelo, fazia do artista o grande criador. Criar é ser original.
Diante do original, há possibilidades de levantarmos questões como, por exemplo, se a arte produz ou não produz conhecimento. Como auxílio, sem evitando sermos burros de carga do pensamento alheio, podemos recorrer ao ponto de vista de grandes expoentes que abordaram o universo das artes. Para Kant a arte não produz conhecimento, entretanto, outros pensadores como Schelling, Schiller e Nietzsche puseram em questão essa posição kantiana ao defenderem que o juízo estético é superior ao juízo de conhecimento.
Antes eu não sabia só depois eu compreenderia é uma frase de Proust. Deleuze assinala que conhecer é conhecer a essência que também é uma idéia proustiana. A arte é um meio espiritual povoado de essências e através da essência, o artista vence o objetivismo e o subjetivismo.
Proust gosta do impressionismo, porém, a palavra a palavra impressão está presente em sua obra. Como expressar as impressões? Essa é uma pergunta proustiana. Proust tenta explicar a pintura através do impressionismo.
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