Pelo menos dois amigos meus (colegas) que fazem mestrado me abordaram falando que tem dificuldade em escrever, pois falta prática. A dica que eu dei e dou para quem este tipo de problema é: A cada leitura de livro, escreva as citações (trechos mais importantes) e já sinaliza o numero da página (tem q matar a cobra e mostrar o pau). Em seguida, tente fazer um resumo do livro todo aproveitando o material das citações mais relevantes. Em seguida, desenha (mapeia) um esboço panorâmico do trajeto e começa a escrever...Escreva nem que saia merda da cabeça mas escreva e continue escrevendo e escrevendo, pois só se aprende as coisas fazendo..o caminho se faz caminhando...TEM QUE BOTAR O CU NA RETA e adestrá-lo pacientemente para cagar perólas poéticas futuramente. Ler e escrever é entrega...orientar (ser orientador) também é um ato de amor - de entrega.
Rilke, o poeta alemão e grande orientador de diletantes e aspirantes à dança das palavras, fornece essa singela e lúcida explicação:
"[...] Ser artista não significa calcular e contar, mas sim amadurecer como a árvore que não apressa a sua seiva e enfrenta tranqüila as tempestades da primavera, sem medo de que depois dela não venha nenhum verão. O verão há de vir. Mas virá só para os pacientes, que aguardam num grande silêncio intrépido, como se diante deles estivesse a eternidade. Aprendo-o diariamente, no meio de dores a que sou agradecido: a paciência é tudo".
(Rainer Maria Rilke, Cartas à um jovem poeta, Tradução: Paulo Rónai e Cecília Meireles, São Paulo: Editora Globo, 2007, página 37)
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