JONAS NO PEIXÃO e JESUS no MADEIRÃO: Uma comédia de
profetas comparados...(Nem Freud explica, mas Dostoiévski, Nietzsche e José Saramago explicam)
Por Joe....
A narrativa
bíblica, diz que o profeta Jonas foi intimado por Deus para pregar as boas
novas na monstruosa cidade de Nínive, no entanto, Jonas (bicho morador do
interior), teve medo de encarar a selvageria de uma grande metrópole com
avenidas, metrôs, trens superlotados, favelas, congestionamentos, assaltos a
luz da bíblia, travestis manjubosos nos becos e nas esquinas, espaços culturais
promotores de heresias que poriam em risco as verdades já canonizadas pela
comodidade, etc, por isso, optou por fugir para Tarso, que era uma cidadezinha
beeeeeeeem menor. No meio do percurso fugidio, houve um Tsunami logo na saída
daquela embarcação e Jonas foi parar misteriosamente no fundo daquela
superfície por profundidade. Alucinado pelo batismo de águas turvas, pediu
socorro a um peixe enorme que passeava na beira mar á procura de lazer e
visibilidade turística. Teleguiado pelos deuses, aquele peixe hospitalizou
Jonas durante 3 dias e 3 noites, com direito a compartilhamento de água potável
e sais minerais do estoque secreto daquele animal amoroso, veloz e flutuante.
No primeiro dia, Jonas experienciou um estado de inconsciência, no entanto, no
segundo dia, foi lhe concedido o poder de reflexão nos braços daquele silêncio
eloqüente. Já no terceiro dia, foi lhe dado o privilégio sagrado da libertação
suntuosa. A narrativa de Jonas se coaduna com a narrativa da morte, tumuloção, e
ressurreição de Jesus que se dá num espaço seqüencial de três dias. O próprio
Jesus esteve em alto mar e viu a embarcação dançar perigosamente e
freneticamente sobre as águas revoltosas. Judas, Pedro, Tomé, Tiago, André,
outros discípulos e pescadores que viajavam de classe super econômica, além de
outros playboizinhos e patricinhas que estavam hospedados em camarotes de luxo
e luxúria, gritaram atonalmente no ouvido do Mestre, mas aquele sacro Rabi
pediu a todos que orassem tonalmente, pois o resto ele faria.
[...] E os pescadores, todos olhavam para Jesus, calados de assombro, apesar do estrondo da tempestade tinham ouvido os gritos, Cala-te, Aquieta-te, e ali estava ele, Jesus,o homem que gritara, o que ordenava aos peixes que saíssem das águas para os homens, o que ordenava às águas que não levassem os homens para os peixes. (José Saramago, 2001, página 336).
Tanto Jonas como Jesus, sentiram-se abandonados em algum momento da existência, pois a angústia é fundo constitutivo da vida e ela nos devolve a solidão criativa e\ou reparadora através da experiência amarga do ENSOZINHAMENTO. “Na solidão. – Quando se vive só, não se fala muito alto, também não se escreve muito alto: pois teme-se a ressonância vazia – a crítica da ninfa Eco. – E todas as vozes soam diferentes na solidão!” (NIETZSCHE, Friedrich, 2001, página, 168).
[...] E os pescadores, todos olhavam para Jesus, calados de assombro, apesar do estrondo da tempestade tinham ouvido os gritos, Cala-te, Aquieta-te, e ali estava ele, Jesus,o homem que gritara, o que ordenava aos peixes que saíssem das águas para os homens, o que ordenava às águas que não levassem os homens para os peixes. (José Saramago, 2001, página 336).
Tanto Jonas como Jesus, sentiram-se abandonados em algum momento da existência, pois a angústia é fundo constitutivo da vida e ela nos devolve a solidão criativa e\ou reparadora através da experiência amarga do ENSOZINHAMENTO. “Na solidão. – Quando se vive só, não se fala muito alto, também não se escreve muito alto: pois teme-se a ressonância vazia – a crítica da ninfa Eco. – E todas as vozes soam diferentes na solidão!” (NIETZSCHE, Friedrich, 2001, página, 168).
Tanto Jonas na
barriga e pós-barriga peixânica como Jesus durante o ministério pré-cruz,
durante a cruz e pós-cruz, ouviram a sublime voz do Espírito Santo em forma
estímulo reflexivo dostoievskianico e pregaram sobre este estímulo alertativo em forma de
Boas Novas para os povos:
“Não tenhas medo de nada, e nunca tenhas medo, nem caias em melancolia. Desde que o arrependimento não míngüe em tua alma, Deus perdoará tudo. E ademais não há nem pode haver em toda a terra tamanho pecado que o Senhor não perdoe àquele que em verdade se arrepende. Além disso, um homem não pode absolutamente, cometer um pecado tão grande que esgota o infinito amor de Deus. Ou será que pode haver um pecado capaz de superar o amor divino? Preocupa-te apenas com o arrependimento, sempre, e quanto ao medo, afugenta-o de todo”. (Dostoievski, 2009, página 82).
“Não tenhas medo de nada, e nunca tenhas medo, nem caias em melancolia. Desde que o arrependimento não míngüe em tua alma, Deus perdoará tudo. E ademais não há nem pode haver em toda a terra tamanho pecado que o Senhor não perdoe àquele que em verdade se arrepende. Além disso, um homem não pode absolutamente, cometer um pecado tão grande que esgota o infinito amor de Deus. Ou será que pode haver um pecado capaz de superar o amor divino? Preocupa-te apenas com o arrependimento, sempre, e quanto ao medo, afugenta-o de todo”. (Dostoievski, 2009, página 82).
BIBLIOGRAFIA
DOSTOIÉVSKI, Fiodor. Os Irmãos Karamázov. Tradução de Paulo Bezerra (2. Volumes). Rio de Janeiro: Editora 34, 2009.
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução. Notas e Posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia Das Letras, 2001.
SARAMAGO, José. O Evangelho Segundo Jesus Cristo. São Paulo: Companhia Das Letras, 2001.
DOSTOIÉVSKI, Fiodor. Os Irmãos Karamázov. Tradução de Paulo Bezerra (2. Volumes). Rio de Janeiro: Editora 34, 2009.
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução. Notas e Posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia Das Letras, 2001.
SARAMAGO, José. O Evangelho Segundo Jesus Cristo. São Paulo: Companhia Das Letras, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário