O
livro mostra que a vida não é uma sonata que, para realizar sua beleza, tem de
ser tocada até o fim. O autor diz que, ao contrário, a vida é um álbum de
minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é
uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de
beleza e de amor justifica a vida inteira.
É SÓ CLICAR E LER...GOOGLE BOOKs
http://books.google.com.br/books?id=FK-8-ygI0ZsC&printsec=frontcover&dq=rubem+alves&hl=pt-BR&sa=X&ei=w8a5T_jmLJCs8QSZnJWtCg&ved=0CGUQ6AEwBw#v=onepage&q&f=false
"Os
jovens e os adultos pouco sabem sobre o sentido da simplicidade. Os jovens são
aves que voam pela manhã: seus voos são flechas em todas as direções. Seus
olhos estão fascinados por dez mil coisas. Querem todas, mas nenhuma lhes dá
descanso. Estão prontos a de novo voar. Seu mundo é da multiplicidade. Eles a
amam porque, nas suas cabeças, a multiplicidade é
um espaço de liberdade. Com os adultos acontece o contrário. Para eles a
multiplicidade é um feitiço que os aprisionou, uma arapuca na qual caíram. Eles
a odeiam, mas não sabem como se libertar. Se para os jovens, a multiplicidade
tem o nome de liberdade, para os adultos, a multiplicidade tem o nome de dever.
Os adultos são pássaros presos nas gaiolas do dever. A cada manhã dez mil
coisas os aguardam com suas ordens (para isso existem as agendas, lugar onde as
dez mil coisas escrevem as suas ordens!). Se não forem obedecidas haverá
punições".
(Rubem Alves in Concerto para Corpo e Alma)
Nenhum comentário:
Postar um comentário