domingo, 29 de abril de 2012

Quando somos patetas das palavras no reino mágico da música e literatura



          Recebi um cartaz me convidando para um evento música e literatura na colina dos profetas. Olhei e vi o nome de um craque da música cristã brasileira, no entanto, vi insinuações prol meditações retóricas complementares. Digo sem papas na língua: Se queremos entrar e desfrutar dos prazeres poéticos advindos das guaritas mais secretas do coração das palavras de um poeta da genialidade pela musicalidade ou literalidade, é preciso abandonar as mediações, pois elas são janelas e portas. João Alexandre, Chico Buarque, Tom Jobim, Edu Lobo, Fernando Pessoa, Borges, Proust, Dostoievsky, Nietzsche, Deus, etc são campos excepcionais perceptivos (são mônadas criativas sem portas e sem janelas), desta forma, só é possível chegar até eles por salto (ou entra-se neles ou fica-se de fora da compreensibilidade estética). Aspirar fazer meditações ou mediações nesses casos, é assumir a condição de ser pateta das palavras.
          Ser forte é ser forte no limite, pois o que passa deste limite, é pura presunção, pedantismo e pagação de micos. A formiga tem que ser forte como uma formiga (e só); O elefante precisa ser forte como elefante; O Leão deve assumir ser forte como Leão...Quem não é dançarino das\pelas palavras, deve se contentar em ser expectador das\pelas palavras e só...Diante de gênios, as melhores palavras que devem existir são as melhores que o silêncio escutativo\apreciativo...Ou então se assume que também é gênio colocando em risco a anulação das duas genialidades pela colisão estelar das mesmas.
É por isso que eu evito acidentes...
Joe

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