O Estilo de Wong Kar-Wai
Wong Kar-Wai é um dos mais prestigiados cineastas da atualidade, dentre inúmeros prêmios, já foi apontado como melhor diretor no Festival de Cannes por Felizes Juntos (1997), inclusive presidiu o júri deste mesmo festival posteriormente. Ele possui uma vasta e complexa filmografia e recentemente estreou em língua inglesa com Um beijo roubado (2007).
Este estudo pretende investigar a complexidade que compõe o estilo do diretor-roteirista. Neste sentido, será abordada tanto a questão estética, bem como a narrativa, além de elementos diegéticos e alegóricos presentes na diversidade de seu trabalho.
Nos dez longas-metragens dirigidos pelo cineasta – Conflito Mortal (1988), Dias Selvagens (1991), Amores Expressos (1994), Ashes of time (1994), Anjos Caídos (1995), Felizes Juntos (1997), Amor à flor da pele (2000), 2046 (2004), Eros (2004) (em que ele dirige um dos três segmentos) e Um beijo roubado (2007) – vê-se uma grande aproximação com o filme de gênero (gângster/crime) em seus primeiros longas-metragens (principalmente Conflito Mortal); uma obra sobre espadachins (Ashes of time), que esconde grande profundidade acerca de temáticas que viriam a ser muito trabalhadas por Wong; filmes sobre o ambiente urbano sufocante, transitório e contemporâneo de Hong Kong (como Amores Expressos e Anjos Caídos); bem como uma “trilogia” (mesmo que o próprio Kar-Wai recuse tal termo) acerca do amor e da memória em filmes de época – com Dias Selvagens, Amor à flor da pele e 2046.
Destaquei, acerca do estilo do diretor-roteirista: a estética, sua relação com a realidade e com o tempo, a transitoriedade, a migração e a solidão abordadas em suas obras, outras temáticas freqüentes e a questão das alegorias.
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