terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mostra Escola de Berlim apresenta a nova cara cinematográfica da Alemanha (CCBB Rio de 27 Set a 14 Outubro)



Escola de Berlim
27 Set a 14 Out
Local: Cinema | CCBB RJ
 
Horário: Quarta a segunda, conforme a programação
 


Programação



>> 27 de Setembro – Sexta-feira

14h
 – Yella   |   89 min, 35mm, 12 anos    
18h
 – Marselha   |   95 min, 35mm, Livre



>> 28 de Setembro – Sábado

18h
 – A Cidade Abaixo   |   110 min, 35mm, 12 anos



>> 29 de Setembro – Domingo
16h
 – Festival do Rio
18h
 – À Procura   |   89 min, 35mm, Livre



>> 30 de Setembro – Segunda-feira
14h
 – A Segurança Interna, 108 min, 35mm, 12 anos
16h
 – PALESTRA   |   Livre
18h
 – Excursão Escolar, 86 min, 35mm, 12 anos



>> 2 de Outubro – Quarta-feira
14h
 – A Doença do Sono   |   91 min, 35mm, Livre
16h
 – PALESTRA   |   Livre
18h
 – Nas Sombras   |   85 min, 35mm, 12 anos    



>> 3 de Outubro – Quinta-feira
14h
 – A gatinha esquisita   |   72 min, Blu-ray, Livre    
16h
 – Debate com o curador Georg Seesslen e os cineastas Nicolas Wackerbarth, Ramon Zürcher,Eryk Rocha, Gustavo Pizzi. Mediação: Tatiana Leite   |   Livre
18h – Todos os outros   |   119 min, Blu-ray, 12 anos


>> 4 de Outubro – Sexta-feira
14h
 – Viver na RFA   |   83 min, DVD, 16 anos
18h
 – Meia Sombra   |   80 min, Blu-ray, 12 anos



>> 5 de Outubro – Sábado
18h
 – Dreileben: Algo melhor do que a morte   |   88 min, Blu-ray, 12 anos


>> 6 de Outubro – Domingo
18h
 – Dreileben: Um minuto no escuro   |   90 min, Blu-ray, 12 anos



>> 7 de Outubro – Segunda-feira
14h
 – Saudade   |   88 min, 35mm, 12 anos
18h
 – Dreileben: Não me siga   |   88 min, Blu-ray, 12 anos



>> 9 de Outubro – Quarta-feira
14h
 – À Procura   |   89 min, 35mm, Livre
18h
 – Ouro   |   101 min, bluray, 14 anos



>> 10 de Outubro – Quinta-feira
14h
 – A Cidade Abaixo   |   110 min, 35mm, 12 anos
18h
 – A Doença do Sono   |   91 min, 35mm, Livre



>> 11 de Outubro – Sexta-feira
16h
 – A Segurança Interna   |   108 min, 35mm, 12 anos
18h
 – Excursão Escolar   |   86 min, 35mm, 12 anos
20h
 – Saudade   |   88 min, 35mm, 12 anos



>> 12 de Outubro – Sábado
16h
 – Marselha   |   95 min, 35mm, Livre
18h
 – Yella   |   89 min, 35mm, 12 anos
20h
 - Nas Sombras   |   85 min, 35mm, 12 anos



>> 13 de Outubro – Domingo
16h
 – Dreileben: Algo melhor do que a morte   |   88 min, Blu-ray, 12 anos
18h
 – Dreileben: Um minuto no escuro   |   90 min, Blu-ray, 12 anos
20h
 - Dreileben: Não me siga   |   88 min, Blu-ray, 12 anos



>> 14 de Outubro – Segunda-feira
17h30min
 – Todos os outros   |   119 min, Blu-ray, 12 anos
20h
 - A gatinha esquisita   |   72 min, Blu-ray, Livre

Parte das comemorações do Ano da Alemanha no Brasil, a mostra apresenta o cinema da Escola de Berlim, um estilo estético da cinematografia alemã surgido em meados dos anos noventa, que iniciou uma nova fase do cinema autoral daquele país. Além da exibição dos filmes, um ciclo de palestras com diretores e profissionais debaterá a linguagem cinematográfica e a ideia por trás dos filmes.  

Curadoria: Georg Seesslen. 
Parceria: Goethe-Institut do Rio de Janeiro e Festival do Rio.



Após a Bienal do Livro do Rio, que colocou o foco na Alemanha – e a Bienal de Frankfurt, inversamente, vai homenagear o Brasil, em outubro –, o Festival do Rio, que começa dentro de duas semanas, também coloca o foco na cinematografia alemã. A lista de eventos especiais inclui uma mostra chamada Escola de Berlim, que os paulistas vão ver antes. Começa nesta quarta (11) no Centro Cultural Banco do Brasil o evento que traz uma seleção de filmes representativos da nova fase do cinema autoral da terra da chanceler Angela Merkel.
O termo ‘escola de Berlim’ não se refere propriamente a uma escola de cinema, mas a um conceito estético que vem definindo o cinema da Alemanha dos últimos 20 anos. Esse novíssimo cinema alemão será agora debatido na mostra que o CCBB realiza em parceria com o Instituto Goethe. Além dos filmes, serão realizados debates – e convidados como o diretor Henner Winkler e o curador Thomas Arslan passarão por São Paulo, só depois indo ao Rio, onde o CCBB abrigará a mesma mostra a partir do dia 27, já dentro do festival carioca. São 19 longas produzidos entre 1990 e 2013. Boa parte é completamente inédita no País, incluindoMarselha, de Angela Schalenec, exibido na seção Un Certain Regard do Festival de Cannes, e Ouro, de Thomas Arslan, que participou da mostra competitiva do Festival de Berlim, em fevereiro. Quem assistir a pelo menos cinco títulos do programa ganhará, gratuitamente, o livro catálogo com textos inéditos.

Um dos primeiros a perceber o fenômeno que seria conceituado como Escola de Berlim, o crítico Georg Seesslen escreveu no jornal Die Tageszeitum sobre o aparente paradoxo – “Você vê algo que se vê diariamente e percebe, no mesmo instante, que nunca viu antes.” Vale contextualizar – nos anos 1990, o cinema alemão era dominado por comédias leves, coproduzidas pela TV privada. Contra isso se insurgiu um grupo de jovens cineastas de Berlim. Christian Petzold e Thomas Arslan, entre outros, mudaram o foco e passaram a fazer filmes que retratavam a suposta banalidade do cotidiano. Só que trataram o banal num estilo hiperrealista, no qual embutiram questões relevantes – existenciais, filosóficas, políticas.
A Escola de Berlim ampliou-se e hoje abriga autores de outras cidades, como Munique, sem que fale, por isso, de uma Escola de Munique. O importante é que todos esses filmes retratam uma Alemanha como você não costuma ver na tela. Seus diretores possuem base teórica e Christian Petzold, Benjamin Heisenberg e Christoph Hochhäusler editam duas vezes por ano uma revista sugestivamente chamada Revólver, com a qual disparam textos irados contra o establishment sócio/econômico e as tendências estéticas vigentes. E tudo começou nos anos 1970, quando o pioneiro Haroun Farocki fazia seus filmes no meio operário. Foi o mestre de Petzold e até hoje é roteirista de seus filmes. Uma das atrações da mostra, veja no quadro, é um filme dele.
ATRAÇÕES
‘Caminho do Bosque’
De Christoph Hochhäusler, parábola familiar sobre crianças abandonadas pela madrasta
‘Viver na RDA’
De Haroun Farocki, documentário sobre o fim do comunismo
‘A Doença do Sono’
De Ulrich Köhler, sobre a atração europeia pela África primitiva
‘Nas Sombras’
De Thomas Arslan, sobre ex-presidiário que tenta golpe
‘Yella’
De Christian Petzold, pelo qual Nina Hoss foi a melhor atriz em Berlim, 2007


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