terça-feira, 31 de julho de 2012

Duas pessoas que se amaram na Terra formam um único anjo. (Jorge Luis Borges -Literatura Argentina)


Durante os últimos vinte e cinco anos da sua vida de estudo, o eminente homem de ciência e filósofo Emanuel Swedenborg (1688-1722) fixou residência em Londres. Como os ingleses são taciturnos, ganho o hábito quotidiano de falar com demónios e anjos. O Senhor permitiu-lhe vivistar as regiões ultraterrenas e partir com os seus habitantes. Cristo tinha dito que as almas, para entrarem no Céu, devem ser justas; Swedenborg acrescentou que devem ser inteligentes e depois Blake estipularia que fossem artísticas. Os Anjos de Swedenborg são as almas que escolheram o Céu. Podem prescindir das palavras; basta que um Anjo pense noutro para o ter junto dele. Duas pessoas que se amaram na Terra formam um único Anjo. O seu mundo está regido pelo amor; cada Anjo é um Céu. A sua forma é a de um ser humano perfeito; a do Céu é assim mesmo. Os Anjos podem olhar para o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste; sempre hão-de olhar Deus cara a cara. São acima de tudo teólogos; o seu maior prazer é a prece e a discussão de problemas espirituais. As coisas da Terra são símbolos das coisas do Céu. O Sol corresponde à divindade. No Céu não existe o tempo; as aparências das coisas mudam segundo os estados de ânimo. Os trajes dos Anjos resplandecem segundo a sua inteligência. No Céu os ricos continuam a ser mais ricos do que os pobres, por estarem já habituados à riqueza. No Céu, os objectos, os móveis e as cidades são mais concretas e mais complexas que os da Terra; as cores mais variadas e  claras. Os Anjos de origem inglesa tendem para a política; os judeus para o comércio de jóias; os Alemães trazem livros que consultam antes de qualquer resposta. Como os Muçulmanos estão acostumados à veneração de Maomé, Deus concedeu-lhes um Anjo que simula ser o Profeta. Os pobres de espírito e os ascetas estão excluídos dos prazeres do Paraíso porque os não compreenderiam.

Extraído de: 
Jorge Luis Borges, O livro dos seres imaginários, Companhia Das Letras, páginas 16 e 17

domingo, 29 de julho de 2012

Dê a César o que é de Cesar e dê a Bentes o que é de Ivana: Beleza e Bravura ...(Parabéns com tupi e açaí e tucupi e guarani)..



Querida e diviva Ivana Bentes (diva pop\ intelectual)...pop de popular mesmo (povão)...
Hoje é o seu dia consagrado e arquitetado pelos deuses da terra que mana batuques em som de Caprichoso e Garantido. Desejo tudo de bom nesta sua jornada pelos labirintos diversificados do Rio, do Brasil e do mundo, pois você nasceu para rodear a cidade, o país e o planeta em busca de interações e ebulições culturais. Eu e os outros teus amigos, colegas, admiradores, estamos muito orgulhosos vendo o teu engajamento nos quatro cantos deste país portador de riquezas e diversidades. Que a tua voz não cesse de cantar o canto da sereia desbravadora e que as tuas mãos não parem de tocar o sino da memória, para que a cada dia tuas guaritas auditivas mais secretas continuem ouvindo a voz do ide e pregai o evangelho multicultural escutando os sambas, os funks, os pagodes, as cinematizações, as comunicações (etc) e exclamações de todas criaturas. Que tua sensualidade inteligente e des-preconceituosa continue sempre pulsante e excitando e coexcitando-nos à lutarmos por um mundo melhor, para que pessoas carentes possam ser portadores de dignidade convincente. O tempo não pára e você também não é fácil não.....Tá em todas, fuçando no remelexo visionário...Dias sim, dias não, você continua sobrevivendo sem nenhum arranhão, mesmo na caridade da monotonia que te detesta, pois você é uma MULHER DE ATITUDE..Musa de Parintins...anda no meio de pobres, de ricos...de malucos (artistas são tudo malucos mesmo)...rs....


"Para você Ivana, invoco os prazeres que voam nos ventos e as alegrias que moram nas cores: beleza, harmonia, encantamento, magia, mistério, poesia: que essas potências divivas lhe façam companhia. Que o sorriso de um seja, para o outro, festa, fartura, mel, peixe assado no fogo, coco maduro na praia, onda salgada do mar. Que as palavras do outro sejam tecido branco, vestido transparente de alegria, a ser despido por sutil encantamento. E que, no final das contas e no começo dos contos, em nome do nome não-dito, bem-dito, em nome de todos os nomes ausentes e nostalgias presentes, de ágape e filia, amizade e amor, em nome do nome sagrado, do pão partido e do vinho bebido, sejam felizes os dois, hoje, amanhã e depois ..." (Rubem Alves)

Saudações fraternas com sabor de tupi e açaí e tucupi e guarani...
PARABÉNS E FELIZ ANIVERSÁRIO.
Joe

Profa. Dra. Ivana falando em algum evento cult por aí....



No MORRO DO SALGUEIRO só no remelexo funkiano...Ivana adora um Funk..eu também...hehe
Afro Reggae em Ipanema...Batucada cult...


Na LINHA DO EQUADOR...

DEBATE BANCO DA CULTURA

Revivendo e recordando os velhos costumes da terra natal (Amazonas)...Fazenda em Rio Branco...

terça-feira, 24 de julho de 2012

O QUE PASSOU NO CINEMA EM 1962 (seleção de 12 filmes no CCBB)



Seleção de 12 filmes lançados em 1962, incluindo os vencedores do Oscar e do Festival de Cannes daquele ano, Lawrence of Arabia e O Pagador de Promessas, respectivamente. De 31 de julho a 5 de agosto de 2012. Ingressos: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia-entrada).
CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Dias: Terça a domingo, das 9h às 21h  Telefone:             (21) 3808-2020      
Horário: Conforme programação

CINEMA DE GARAGEM APRESENTA PRODUÇÃO BRASILEIRA INDEPENDENTE NA CAIXA CULTURAL RIO



CINEMA DE GARAGEM APRESENTA PRODUÇÃO BRASILEIRA INDEPENDENTE NA CAIXA CULTURAL RIO

Brasilia, 19 de Julho de 2012

Mostra exibe 69 filmes produzidos de forma colaborativa em diversas regiões do país

A CAIXA Cultural Rio apresenta, de 24 de julho a 5 de agosto, a mostra Cinema de Garagem. A exibição faz um panorama da produção brasileira independente do novo século, exibindo 69 filmes realizados a partir dos anos 2000. A produção cinematográfica da mostra reflete as transformações tecnológicas, estéticas, éticas e políticas por que passa o cinema brasileiro da atualidade. Serão exibidos 25 longas-metragens e 44 curtas-metragens, nos cinemas 1 e 2 da CAIXA Cultural que fica na Avenida Almirante Barroso, centro do Rio de Janeiro.

Resultado de uma geração jovem, a produção cinematográfica da mostra não busca a inserção desses filmes no mercado, como produtos da indústria cultural. As imagens são primordialmente expressões das visões de mundo e de arte de seus realizadores. Os filmes foram realizados em diversas regiões do país, com um modo de produção colaborativo, em que a organização das equipes se deu de forma flexível. O roteiro foi moldado a partir do próprio processo de filmagem e de edição, mais do que previamente demarcado a partir de um script ou decupagem.

O novo estilo de produção tem baixo custo e explora as fronteiras entre a ficção, o documentário e o ensaio visual, dialogando com expressões artísticas como a performance, dança, artes visuais e teatro. A produção se abre para outras formas de organização como um “cinema de fluxo” permeado por relações sensoriais mais livres, menos esquemáticas. Cinema de Garagem tem por base o livro homônimo de Dellani Lima e Marcelo Ikeda, publicado em 2011. Os autores são curadores da mostra e também se dividem entre as atividades de realizadores e críticos/pesquisadores.

Além dos filmes, a mostra apresenta ainda um ciclo de debates, composto por cinco mesas em que críticos, pesquisadores e realizadores discutem algumas das características das cenas e lançam desafios para as produções. Compõe o ciclo, a realização de cinco sessões comentadas, que são conversas com o público sobre o processo de realização de cinco longas-metragens, com a presença dos próprios realizadores. A programação pode ser conferida na página eletrônica da mostra: www.cinemadegaragem.com.br.

SERVIÇO:
Cinema de Garagem
Data: de 24 de julho a 5 de agosto de 2012
Horário: Conferir a programação
Local: CAIXA Cultural Rio – Cinemas 1 e 2 – Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro (RJ).
Ingressos: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia)
Classificação Indicativa: Conferir a programação

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O mundo como esboço rudimentar de um deus infantil (Jorge Luis Borges-Literatura argentina)



“Sabidamente não há classificação do universo que não seja arbitrária e conjectural. A razão é muito simples: não sabemos o que é o universo. “O mundo”, escreve David Hume, “talvez seja o esboço rudimentar de algum deus infantil que o abandonou  pela metade, envergonhado de seu trabalho deficiente, é obra de um deus subalterno, de quem os deuses superiores zombam; é a confusa produção de uma divindade decrépita e aposentada, que já morreu. É possível ir mais longe; é possível suspeitar de que não haja universo no sentido orgânico, unificador, que tem essa ambiciosa palavra. Se houver, falta conjecturar sobre seu propósito; falta conjecturar sobre as palavras, as definições, as etimologias, as sinonímias do secreto dicionário de Deus. A impossibilidade de penetrar no esquema divino do universo não pode, contudo, dissuadir-nos de planejar esquemas humanos, embora nos conste que estes são provisórios.

JORGE LUIS BORGES. Livro Outras Inquisições. Companhia Das Letras, páginas 124, 125

FECUNDAÇÃO MUSICOLÓGICA. A afirmação da vida através da arte copulativa dos sons.


Existem instrumentistas\cantores que possuem a singela magia\mania de emitir sons capazes de tocar na pele da alma de ouvintes ávidos pela fraternidade das notas. Estes, através da força das intensas copulações melódicas e harmônicas nos impressionam com a beleza elevadas a enésima potência garantindo-nos a geratividade de músicas di-vivas, pois interpretar é criar, é recriar, por isso, o intérprete é um compositor, um fecundador de ovários de timbres sonoros, um co-gerador de filhos, por isso, é lúcido e coerente sinalizar que fazer\ter um filho, é afirmar a vida musical em toda a sua beleza e multi-potencialidade estética...
Abraços sonoros e apreciativos.
Joe






domingo, 22 de julho de 2012

O BALCONISTA. Direção: Kevin Smith (filme)



Um dia surrealista na vida de Dante (Brian O'Halloran), um balconista de loja de conveniência que vive às voltas com duas namoradas, um colega cínico e uma série de excêntricos clientes.

Informações Técnicas
Título no Brasil:  O Balconista
Título Original:  Clerks.
País de Origem:  EUA
Gênero:  Comédia
Tempo de Duração: 92 minutos
Ano de Lançamento:  1994
Site Oficial:  
Estúdio/Distrib.:  
Direção:  Kevin Smith


Exposição “Dalí: A Divina Comédia” de Dante (CAIXA CULTURAL RIO )



Exposição Dalí: A Divina Comédia de Dante.
Onde: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3 – Av. Almirante Barroso, 25, Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Quando: 17/7 a 2/9

Nos anos 1950, em comemoração aos sete séculos da publicação de A Divina Comédia, de Dante Alighieri, o governo italiano encomendou ao, já notório, pintor surrealista Salvador Dalí uma série de 100 aquarelas que ilustrassem a obra. Essas gravuras poderão ser conferidas pelos cariocas na exposição Dalí: A Divina Comédia, que abre suas portas no dia 17 de julho, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro.
Em referência à organização da epopeia de Dante, a exposição também foi dividida em três partes – Inferno, Purgatório e Paraíso. Os visitantes poderão percorrer a viagem de Virgílio pelos círculos infernais até o centro da terra, onde encontra Lúcifer; e seu regresso à superfície terrestre, onde sobe a montanha do purgatório e é guiado pela sua amada Beatriz até o paraíso.
Exposição Dalí: A Divina Comédia
Onde: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3 – Av. Almirante Barroso, 25, Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Quando: 17/7 a 2/9
Quanto: gratuito


“Divina Comédia” é uma obra-prima da literatura mundial, considerada com o salto de transição do pensamento medieval ao renascentista. Sua escrita começou em 1304 e foi terminada no ano da morte do poeta, Dante Alighieri, em 1321. A obra fala de uma viagem por três mundos que são apresentados como Inferno, Purgatório e Paraíso, com a presença dos personagens de Dante (o homem), Beatriz (a fé) e Virgílio (a razão). A exposição acompanha esta divisão. As gravuras farão o público percorrer a viagem imaginária de Dante, desde os círculos infernais, acompanhado por Virgílio, até ao centro da terra, onde encontra Lúcifer. Depois regressando à superfície terrestre, onde sobe a montanha do purgatório, para, guiado pela sua amada Beatriz, ser admitido no paraíso.

A obra de Dali foi encomendada pelo governo italiano na década de 50, por ocasião das comemorações dos sete séculos da “Divina Comédia”. O artista deveria produzir uma série de 100 aquarelas que traduzissem com imagens a obra de Dante Alighieri. Dali contou com a ajuda dos gravadores Raymond Jacquet e Jean Taricco, que fizeram 35 placas com 3500 blocos xilográficos para traduzir as aquarelas peça por peça. Nos anos 60, as xilogravuras foram publicadas em forma de livro por uma editora francesa, ilustrando em seis volumes as obras completas com o texto de Dante.

A coleção se tornou uma das principais realizações do espanhol, que, embora tenha feito gravuras para outras obras importantes como “Alice no País das Maravilhas” e “Dom Quixote”, tem nessa série um de seus mais apreciados e respeitados trabalhos. Alem da exposição, serão realizadas atividades complementares como visita guiada, oficina aberta ao público e lançamento de catálogo com textos críticos e reproduções. Essas atividades paralelas buscam aproximar o público da obra dos dois artistas.

Salvador Dali:
Salvador Dalí i Domenech Felip Jacint Domènec foi um pintor espanhol considerado um dos maiores representantes do surrealismo. Nasceu na Espanha, na cidade de Figueras, em 11 de maio de 1904 e faleceu em 23 de janeiro de 1989. Admirador da arte renascentista, Dali criou um estilo pessoal, reconhecido por sua imaginação excêntrica. Produziu cerca de 1.500 pinturas durante sua carreira, inúmeras ilustrações para livros, litografias, desenhos de conjunto, fantasias, e um número considerável de desenhos, esculturas e projetos paralelos para fotografia e cinema.

SERVIÇO:
Exposição “Dalí: A Divina Comédia”
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Informações: 
            (21) 3980-3815       
Abertura para convidados: 16 de julho de 2012, às 19h
Visitação: de 17 de julho a 2 de setembro de 2012
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada franca
Classificação: 12 anos
Agendamento de visitas mediadas e traslado (ônibus) para escolas públicas: 
            (21) 3980-3815       
Correio eletrônico: agendamento.rio@gentearteira.com
Realização: Arte A Produções 
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Apoio: Instituto Italiano de Cultura e Instituto Cervantes Rio de Janeiro
Acesso para pessoas com deficiência
Programação completa da CAIXA Cultural:
www.caixa.gov.br/caixacultural
http://revistacult.uol.com.br/home/2012/07/a-divina-comedia-de-dali/

INTRODUÇAO A TEORIA DO CINEMA (Autor: Robert Stam)


INTRODUÇAO A TEORIA DO CINEMA

O livro percorre desde os teóricos do cinema mudo, como Vachel Lindsay e Hugo Munsterberg, até recentes desenvolvimentos na teoria do cinema e nos estudos culturais, como a teoria cognitiva, os aportes de Gilles Deleuze, a teoria pós-colonial e o universo digital, entre outros temas. De âmbito internacional, essa obra inclui o panorama de países como França, Alemanha, Rússia, Itália, Inglaterra e Brasil, entre outros, sempre buscando valorizar as relações entre seus percursos. O livro também contextualiza a teoria do cinema no universo das grandes correntes histórico-filosóficas. Escrita num estilo sofisticado mas com linguagem acessível, a obra proporciona uma introdução coerente e lúcida a um campo variado e rico. 

Editora Papirus
400 páginas

O Que o Cinema Vê , O Que Vemos no Cinema


O Que o Cinema Vê , O Que Vemos no Cinema
José Carlos Avellar e Sérgio Sanz

Depoimentos de diretores e análises críticas para estimular o debate dos filmes do 35º Festival de Cinema de Gramado.

Editora: Aeroplano Editora

O CINEMA E A LINGUAGEM FOTOGRÁFICA. Autor: Fernando Braune (livro)


Depois de assistir algumas vezes "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, que o impressionara, Fernando Braune, resolveu fotografar as imagens do filme, pois cinema é fotografia. Mais do que ratificar o gesto do cineasta, ele o desdobrava, propondo uma releitura de sua narrativa. O ato de recortar elementos do filme em forma de imagens fixas já implicava, não apenas na alteração no "objeto fílmico", mas em uma insubordinação à característica fundamental do cinema, que é o movimento. Assim nasceu este ensaio, em meio a indagações e elucubrações que levaram o autor a surpreendentes constatações de imbricação entre a linguagem fotográfica e cinematográfica.

Depois de assistir algumas vezes "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, que o impressionara, Fernando Braune, resolveu fotografar as imagens do filme, pois cinema é fotografia. Mais do que ratificar o gesto do cineasta, ele o desdobrava, propondo uma releitura de sua narrativa. O ato de recortar elementos do filme em forma de imagens fixas já implicava, não apenas na alteração no "objeto fílmico", mas em uma insubordinação à característica fundamental do cinema, que é o movimento. Assim nasceu este ensaio, em meio a indagações e elucubrações que levaram o autor a surpreendentes constatações de imbricação entre a linguagem fotográfica e cinematográfica.

DA LITERATURA PARA O CINEMA. GUIA DE 1780 ESCRITORES E SUAS OBRAS ADAPTADAS



Este guia surgiu da necessidade de localizar determinados autores e seus textos literários – romances, contos, peças, poemas, diários e até mesmo artigos de jornais – nas produções cinematográficas. São 1780 escritores nacionais e estrangeiros que somam cerca de 3600 filmes em várias versões, sejam elas, adaptações oficiais ou simples inspirações.

Organizado em ordem alfabética pelo sobrenome dos autores, este livro relaciona filmes que tiveram distribuição autorizada para home vídeo no Brasil, tanto em VHS como em DVD ou Blu-ray.

Cada autor tem sua obra individualizada e, partindo disso, as versões produzidas. O fornecimento de alguns dados técnicos e da sinopse tem o objetivo de direcionar o leitor na identificação. Título do filme em língua portuguesa, título original, roteirista, diretor, ano de produção, país de origem, atores, distribuidora e formato da mídia são informações importantes na busca desses vídeos no mercado.

Os autores Julio Alfradique e Carla Lima se envolveram com o cinema na década de 90. O contato constante com o público que buscava filmes específicos para diversos trabalhos artísticos e o grande interesse de professores e estudantes por obras adaptadas incentivaram a criação do site Cena por Cena no ano 2000, um ponto de referência para quem pesquisa e procura informações objetivas sobre cinema na internet.
 

Cine Arco-íris - 100 Anos de Cinema Lgbt Nas Telas Brasileiras (livro excelente)



Entediado com os filmes em que o mocinho fica com a mocinha? Em que o bandido é mau e o mocinho é bom? Eles estão longe da sua realidade? Seus dias de filmes chatos acabaram! Neste pequeno guia, os mocinhos choram e ficam com os mocinhos; as mocinhas amam e batem nas mocinhas; bandidos e bonzinhos acabam juntos. A obra também traz histórias de bastidor, curiosidades técnicas e muito mais.
Este livro aborda mais de 270 filmes com a temática LGBT produzidos em um período de 100 anos e procura ser uma obra de referência. Fruto de anos de pesquisa, está dividida em décadas e traz sinopses completas de cada filme, além de detalhes de bastidores.

  FICHA TÉCNICA

Editora: GLS
Edição: 1ª Edição - 2011
Número de Páginas: 272
Acabamento: BROCHURA



sábado, 14 de julho de 2012

MUSA DO TATUÍSMO: Pela ressurreição das forças di-vivas que estão no túmulo do meu secreto encantamento



Uma linda musicista, portadora de jovialidade pedagógica, disse-me: Joe! quando eu nao concordo com certas coisas que você escreve, eu tenho vontade de te fulminar, por isso, te fulmino em meu silêncio eloquente: Ressaltei (a)petitosamente: Me fulmine harmonicamente! Me fulmine melodicamente! Me fulmine (a) ritmicamente! Me fulmine afetivamente! Mas depois, por gentileza, me ressuscite com a magia da afetividade e da sua sensualidade sonora, pois ela é capaz de re-avivar e reativar as forças di-vivas que estão no túmulo do meu secreto encantamento.
Dedicado a ela...musa do tatuísmo....

Joe

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Livro "Borges em\e\sobre cinema" (LITERATURA ARGENTINA)



SINOPSE:

BORGES EM-E-SOBRE CINEMA
A relação de Borges com o cinema foi tão labiríntica e inesperada quanto a de suas personagens com o tempo. Esse livro propõe um inventário, necessariamente provisório, de seus numerosos e contraditórios aspectos. Seu centro são os artigos que Borges publicou entre 1931 e 1944 na revista Sur sobre filmes particulares e diferentes aspectos da linguagem cinematográfica reunidos pela primeira vez em livro pelo cineasta e escritor Edgardo Cozarinsky

Autor:
EDGARDO COZARINSKY 
Situação:
NORMAL 
ISBN:
8573211326 
No de Paginas:
160 

O DOCUMENTARIO: UM OUTRO CINEMA (livro)


O desenvolvimento das câmeras leves deu um novo estímulo e uma maior liberdade aos cineastas que, desde a invenção dos irmãos Lumière, escolheram filmar os roteiros do real, captando o movimento da vida longe dos estúdios, sem dispensarem o rigoroso trabalho de escrita que toda obra de criação implica.

De Dziga Vertov a Chris Marker, os nomes que marcam o longo percurso do documentário mostram a participação ativa do "documentário de criação" na elaboração e no desenvolvimento da linguagem cinematográfica. O autor analisa, em diferentes períodos da história – a imagem silenciosa, a imagem comentada, o som sincrônico, a imagem digital –, as particularidades de uma estética original.

Este livro traz ainda um capítulo sobre as tendências contemporâneas do cinema documentário que prolongam ou renovam uma arte, de agora em diante, planetária, como demonstra o importante anexo filmográfico no fim da obra.
 

TÍTULO: O DOCUMENTARIO: UM OUTRO CINEMA
TÍTULO ORIGINAL: DOCUMENTAIRE, LE: UN AUTRE CINEMA
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 432
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2008
COLEÇÃO: CAMPO IMAGETICO
ANO DE EDIÇÃO: 2011
EDIÇÃO: 



AUTOR: Guy Gauthier

TRADUTOR: Eloisa de Araujo Ribeiro


A FORMA DO FILME. Livro (autor: Sergei Eisenstein)



Reunindo ensaios escritos por Eisenstein em 1929, A Forma do Filme permite ao leitor entrar em contato com as reflexões de um homem que, depois de estudar atentamente o movimento dos filmes, dividiu as várias características da forma e do sentido cinematográficos e montou uma teoria para ensinar o cinema a voar. Entre os temas aqui estudados destacam-se: a relação entre teatro e cinema; a dramaturgia da forma do filme; métodos de montagem; e a pureza da linguagem cinematográfica. 
Inclui ainda, em apêndice, o ensaio de Eisenstein "Sobre o futuro do cinema sonoro" e índice remissivo de nomes e assuntos. 
A Forma do Filme, ao lado de O Sentido do Filme, tornou-se a principal fonte para uma reflexão sobre o cinema.
"Os dois livros de Eisenstein que Jorge Zahar Editor publicou, escritos a partir dos anos 20, estão entre os clássicos do cinema e fazem parte de qualquer biblioteca básica." 
Folha de S.Paulo.
"O Sentido do Filme e A Forma do Filme têm uma primeira edição brasileira cuidadosa, com índices de nomes e assuntos, sugestões bibliográficas, nota biográfica, apresentações e revisão técnica perfeccionista do crítico José Carlos Avellar. Sirva-se." 
Idéias - Jornal do Brasil 

236 páginas
SERGEI EISENSTEIN foi um dos mais geniais cineastas russos. São dele, entre outros, clássicos como O encouraçado Potemkim, Outubro e a trilogia interrompida Ivã, o Terrível. Poliglota em mais de um sentido da palavra, foi também dramaturgo, desenhista, caricaturista e professor, do Instituto de Cinema de Moscou. 

FILOSOFANDO NO CINEMA: 25 filmes para entender o desejo


Para o filósofo Ollivier Pourriol, o cinema é a arte que expressa os desejos. Na tela grande vemos refletidos nossos anseios retratados e vivenciados pelos personagens. “Durante o tempo de um filme, partilhamos uma modificação global da consciência de um personagem e vemos o mundo através de seus olhos, ou melhor, através de seu olhar: entramos no mundo de seu desejo”, explica Pourriol emFilosofando no cinema.
O autor segue a linha de sucesso de seu Cinefilô, publicado pela Zahar em 2009, e utiliza a sétima arte para desenvolver questões da filosofia. O desejo é o objeto de suas buscas em cenas de filmes como De olhos bem fechados, Beleza americana e Toy Story. Cada um dos longas é utilizado para refletir e exemplificar um aspecto específico: desejo de reconhecimento, de diferença, desejo pelo outro, a morte do desejo, aqueles que nos enlouquecem, o tempo de cada um deles. Para esclarecer esses temas, o autor recorre ao pensamento de Sartre, Platão, Spinoza, Deleuze, Hegel, Descartes.


TÍTULO:
 FILOSOFANDO NO CINEMA: 25 FILMES PARA ENTENDER O DESEJO
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
PÁGINAS: 244
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 

AUTOR: Ollivier Pourriol


BRAVURA INDÔMITA. Direção: Irmãos Coen


Após a morte do pai, a jovem Mattie Ross (Hailee Steinfeld) contrata, por cem dólares, o xerife "Rooster" Cogburn (Jeff Bridges) para caçar e capturar o assassino. Ela exige fazer parte desta jornada para ter certeza que seu objetivo será alcançado. 


CURIOSIDADES

- Remake do filme Bravura Indômita (1969), estrelado por John Wayne. 

- 17º filme da carreira dos irmãos Coen.

- Maior bilheteria da carreira dos irmãos Coen.

PRÊMIOS

- Em 2011, foi indicado aos Oscars de Direção de Arte, Fotografia, Figurino, Direção, Edição de Som, Efeitos Sonoros, Melhor Filme, Ator (Jeff Bridges), Melhor Atriz Coadjuvante (Hailee Steinfeld) e Roteiro Adaptado;

- Em 2011, conquistou o Bafta Film Award de Fotografia e foi indicado aos de Figurino, Som, Roteiro Adaptado, Melhor Filme, Design de Produção, Ator (Jeff Bridges) e Atriz (Hailee Steinfeld);

- Em 2011, foi indicado ao MTV Movie Award de Melhor Revelação (Hailee Steinfeld).

FICHA TÉCNICA

Diretor: Ethan Coen, Joel Coen
Elenco: Matt Damon, Josh Brolin, Jeff Bridges, Barry Pepper, Domhnall Gleeson, Hailee Steinfeld, Elizabeth Marvel, Ed Corbin, Nicholas Sadler, Dakin Matthews, Paul Rae, Joe Stevens
Produção: Ethan Coen, Joel Coen, Scott Rudin
Roteiro: Charles Portis, Joel Coen, Ethan Coen
Fotografia: Roger Deakins
Trilha Sonora: Carter Burwell
Duração: 110 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Scott Rudin Productions / Paramount Pictures / Skydance Productions / Mike Zoss Productions
Classificação: 16 anos


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Em 'Fantasma', testemunha de crime é uma sem-teto frágil e sonhadora


Em 'Fantasma', testemunha de crime é uma sem-teto frágil e sonhadora

Novo livro de Luiz Alfredo Garcia-Roza dá visibilidade a personagens habitualmente desprezados

O ESTADO DE SÃO PAULO, 19 de junho de 2012 



Quase ninguém nota a mulher sentada à beira de uma calçada, em Copacabana, no Rio, ainda que ela tenha decidido morar naquele espaço. Conhecida como Princesa, por conta do fino trato, a mulher, no entanto, ganha enorme visibilidade ao se transformar na principal testemunha do assassinato de um homem, talvez um estrangeiro, que apareceu morto a alguns metros dela. Eis o ponto de partida de Fantasma, novo romance policial de um expert, o também psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Desde que trocou a rotina acadêmica para se dedicar à ficção policial - a estreia aconteceu em 1996, com O Silêncio da Chuva -, Garcia-Roza tornou-se especialista em tramas policiais que fogem do riscado tradicional. Assim, Espinosa, seu detetive, é um protagonista excêntrico, no sentido de não estar bem encaixado em lugar nenhum.

E, além de uma escrita econômica e precisa, que chamou atenção até do jornal New York Times, Garcia-Roza envereda por espaços originais. É o caso de Fantasma, que dá visibilidade a personagens habitualmente desprezados, como os sem-teto. E é o caso especial de Princesa, a provável testemunha do crime, que se perde em devaneios, confundindo sonho e realidade, o que torna suspeita sua versão do crime. Sobre esse dualismo - e também sobre a literatura policial -, Garcia-Roza respondeu, por e-mail, as seguintes questões.

Como surgiu a história de Fantasma: foi a partir de uma vontade de dar voz a pessoas consideradas invisíveis pela sociedade?


Sim, não só de torná-las visíveis pela palavra como também de dar voz a essas pessoas. A história foi sendo tecida a partir de cenas vistas por mim nas ruas de Copacabana e do centro, cenas que serviram de matéria prima para o esboço original da narrativa; o restante foi fruto da imaginação e do entendimento.

Espinosa, dessa vez, revela interesse pela teoria dos objetos inexistentes do filósofo austríaco Alexius Meinong. É curioso como a tese se encaixa, de uma certa forma, em uma investigação policial à medida que ambas tratam de algo inexistente, não?

É verdade, principalmente em se tratando do delegado Espinosa, que frequentemente permite que o entendimento seja invadido pela imaginação dando lugar a raciocínios pouco ortodoxos para um delegado de polícia, criando objetos, pessoas e situações que estão no limite entre o ser e o não-ser. Mas a própria ficção, e não apenas a ficção policial, pertence à essa região do espaço habitada por objetos que subsistem mas não existem em si mesmos, como aqueles de que nos fala Alexius Meinong: Sherlock Holmes é um desses seres... assim como Moby Dick... ou o triângulo retângulo.

Desculpe minha desconfiança, mas até que ponto Princesa é realmente indefesa e vulnerável?

Desculpe minha franqueza, mas até hoje eu não sei. Devo dizer que sua suspeita é perfeitamente justificável, assim como é justificável a suspeita do delegado Espinosa quanto aos relatos dela serem verdadeiros ou não.

O parentesco profundo entre a literatura de suspense e a psicanálise estaria no fato de que há sempre, em ambas, uma verdade encoberta a ser desvendada?

Certamente. Ambas partem do princípio de que a verdade não é algo que se oferece docilmente ao olhar ou à escuta. O psicanalista e o detetive das novelas policiais empreendem a busca de algo que está para além do dado imediato entendido como evidência sensível. É esse "dado" que tanto o psicanalista como o detetive concordam que mais oculta do que revela a verdade. É na e pela palavra que analista e detetive vão empreender suas buscas, seja no caminho do desejo inconsciente seja no caminho da descoberta do criminoso. A diferença entre o psicanalista e o detetive reside no fato de a busca do psicanalista ser uma busca da verdade do desejo inconsciente do paciente, desejo este que se insinua distorcido na fala do paciente como um enigma a ser decifrado, enquanto que, na novela policial, essa busca é fictícia. O romance policial - como o romance em geral - é uma ficção: pura criação. O romance enquanto tal não se caracteriza pela busca da verdade ou do verdadeiro. Mas por ser criação e não busca, isto é, por ser produção do novo e não procura de algo existente, a ficção literária é sempre verdadeira, isto é, está para além da oposição verdade/falsidade.

Leonardo Sciascia usava o suspense como veículo para falar sobre questões de identidade. O que você pensa disso?

Faz muito tempo que li Leonardo Sciascia e me lembro vagamente das histórias mas não me lembro do uso que ele faz do suspense para falar da identidade. Posso quando muito imaginar que nele o suspense funcione como elemento aglutinador impondo às multiplicidades dispersas uma certa "mesmidade", tanto no que se refere aos personagens como no que se refere às passagens da história, resultando daí uma identidade. Mas esta é uma opinião lançada a partir do vazio da memória. Provavelmente não se aplica à produção literária de Leonardo Sciascia.

Muitos escritores acreditam que o romance, como é visto hoje, mesmo nas suas formas menos clássicas, deve muito ao policial, que sempre manteve a necessidade de categorias muito claras: personagens, investigação, demanda, conclusão. Você concorda?

Quando Edgard Allan Poe inventou o conto policial, com Os Crimes da Rua Morgue, inventou também o leitor de histórias policiais. E, assim como criou um gênero literário que se tornou clássico, criou também um tipo de leitor "clássico". Esse é um leitor que se move no espaço da suspeita (não é por acaso que nasce na mesma época em que Freud está dando os primeiros passos na criação da psicanálise). De certa forma, o romance atual, senão o leitor atual, conserva os elementos estabelecidos por Edgard Allan Paul em Os Crimes da Rua Morgue.

TRECHO

“Espinosa desceu pela escada os três andares do prédio onde morava, carregando uma sacola com livros, remédios e objetos de uso pessoal. Atravessou o hall de entrada, abriu a porta da frente, mas antes mesmo de ultrapassar o jardinzinho e chegar à calcada deu meia-volta e entrou de novo no edifício. Depositou a sacola sobre uma mesa no vestíbulo e tirou o paletó. Protegido do olhar de estranhos, puxou a arma enfiada no cós da calça e colocou-a dentro da sacola. Em seguida distribuiu entre os bolsos da calça os pertences que estavam nos bolsos do paletó. Feito o novo arranjo, saiu levando na mão o paletó e a sacola. Era o melhor que podia fazer, já que precisava andar armado e usar terno numa cidade em que no verão, às oito da manhã, a temperatura já ultrapassava os trinta graus. Enquanto cruzava a praça do Bairro Peixoto, pequeno enclave no centro de Copacabana, a caminho da 12ª DP, pensava na pergunta que fizera a si mesmo na noite anterior e que lhe ocorrera outra vez no café da manhã: o que levaria um conceituado filósofo e lógico a elaborar uma teoria de objetos não existentes?"

sexta-feira, 6 de julho de 2012

IRMÃOS COEN NA TELA DA CAIXA CULTURAL RIO (mostra de filmes ..10 a 22 de julho)



Mostra vai apresentar todos os filmes dos irmãos cineastas Ethan e Joel Coen

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 10 a 22 de julho, a mostra de cinema “Irmãos Coen – Duas mentes brilhantes”, que vai dar ao público a oportunidade de rever todos os filmes dos irmãos Ethan e Joel Coen, no formato original em 35 mm. A mostra faz uma retrospectiva completa da obra dos cineastas norte-americanos, com patrocínio da Caixa Econômica Federal.

Serão exibidos todos os 15 filmes produzidos, até hoje, pelos diretores; desde “Gosto de Sangue”, o primeiro, até “Bravura Indômita”. A programação inclui ainda um debate com o tema "O cinema dos irmãos Coen e a transfiguração dos gêneros cinematográficos”, com participação de especialistas em Cinema e na obra dos cineastas.

“A mostra proporcionará uma imersão do espectador no universo dos cineastas, demonstrando de uma vez por todas seu importante papel no cinema mundial e, sobretudo, no americano, nas últimas três décadas”, explica a curadora Fernanda Teixeira. “O público poderá conferir todos os filmes da dupla e avaliar, por si próprio, a força, a criatividade e a originalidade que transbordam deles. Com roteiros sempre impecavelmente bem escritos, uma direção de câmera ousada e uma lógica inusitada, os Coen provam que têm muito ainda a contribuir para o cinema contemporâneo, mas que já são um clássico”, complementa.

Ethan e Joel Coen:
Em 1984, logo no prólogo de seu primeiro filme “Gosto de Sangue”, um narrador dá as coordenadas do que viria a ser uma das melhores definições da filmografia dos cineastas: “algo sempre pode dar errado”. Surgia ali o universo dos Irmãos Coen. Um lugar cercado por erros e desventuras e afundado num profundo humor negro. E é esse mesmo universo que, nos últimos anos, cada vez mais o público se sente atraído para acompanhar o azar de suas personagens, e a criatividade da dupla para montar situações hilariantes e, ao mesmo tempo,críveis.

Nas últimas três décadas, os irmãos Coen aperfeiçoaram seu peculiar estilo narrativo, repleto de humor negro e de uma plasticidade única. Mestres na recriação de gêneros cinematográficos, talvez sejam os cineastas americanos que melhor encontram seu lugar entre o cult e o comercial, agradando a critica e público. Suas personagens, na maioria das vezes, são pessoas aparentemente normais, representando a classe média norte-americana, que se envolvem em crimes e situações inusitadas, quase que por acaso.

Apesar da extensa carreira, os irmãos Coen vêm ganhando reconhecimento por seu trabalho nos últimos anos. De certa maneira, a crítica especializada parece que tem visto o cinema deles se apresentar de forma cada vez mais madura. O primeiro Oscar da dupla, nas categorias de Melhor Filme e de Melhor Direção, foi pelo filme que consagra esse novo olhar a respeito de sua obra: “Onde os Fracos Não Têm Vez”. Desde então, já foram indicados em mais dois filmes.

Serviço:
Irmãos Coen – Duas mentes brilhantes
Curadoria e coordenação geral: Fernanda Teixeira
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Datas: de 10 a 22 de julho de 2012
Horários: consultar programação
Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (Meia-entrada. Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia)
Lotação: 78 lugares (mais 3 para cadeirantes)
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Classificação: consultar programação por filme
Acesso para pessoas com deficiência
Produção e realização: Buendía Filmes
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Programação completa da CAIXA Cultural: www.caixa.gov.br/caixacultural