Alguns
velhos amigos preferem um Joe com cabeça dos anos 90...Mancebo inocente
jubiloso, espirituoso, pueril e não-fogoso (ou irrustido pela catequese).
Mudamos no fluxo da existência e nos adaptamos a novos contextos
sociais\culturais de convivência e sobrevivência, no entanto, alguns acham que
rezando para o Sagrado, é possível fazer um ser humano nascer de novo
retroativamente. Não faz sentido rezar para quem viveu novas experiências
voltar no tempo (seria necessário apagar todas as experiências de 2000 para cá
na metropole carioca e afins) como também não faz sentido rezar para quem
perdeu a virgindade voltar a ter a sensação expectativante (ativo\passivo-a)
do: "Afinal, como será a entrada triunfal de uma manjuba e dos bagos
triunfantes afetivos no canal escorregadio humano demasiado humano?" Orar
para a gente voltar a ser como era antes não faz sentido, como não faz o menor
sentido a gente orar para que já é pai deixar de ser pai e para quem
já é mãe deixar de sentir a diviva sensação de ser mãe...A vida é feita de
ritos de passagem...Benditos sejam as nossas transições nos caminhos mutantes
da existência....Aprendamos a conviver com quem mudou bastante, pois cada um
dança a música interna do ritmo interno\externo do cada um...Salve a agógica no ritmo sonoro da música das vidas convergentes.
"Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."
Fernando Pessoa
Joe
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."
Fernando Pessoa
Joe
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