sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Salve a Agógica do Ritmo Divivo das vidas convergentes




Alguns velhos amigos preferem um Joe com cabeça dos anos 90...Mancebo inocente jubiloso, espirituoso, pueril e não-fogoso (ou irrustido pela catequese). Mudamos no fluxo da existência e nos adaptamos a novos contextos sociais\culturais de convivência e sobrevivência, no entanto, alguns acham que rezando para o Sagrado, é possível fazer um ser humano nascer de novo retroativamente. Não faz sentido rezar para quem viveu novas experiências voltar no tempo (seria necessário apagar todas as experiências de 2000 para cá na metropole carioca e afins) como também não faz sentido rezar para quem perdeu a virgindade voltar a ter a sensação expectativante (ativo\passivo-a) do: "Afinal, como será a entrada triunfal de uma manjuba e dos bagos triunfantes afetivos no canal escorregadio humano demasiado humano?" Orar para a gente voltar a ser como era antes não faz sentido, como não faz o menor sentido a gente orar para que já é pai deixar de ser pai e para quem já é mãe deixar de sentir a diviva sensação de ser mãe...A vida é feita de ritos de passagem...Benditos sejam as nossas transições nos caminhos mutantes da existência....Aprendamos a conviver com quem mudou bastante, pois cada um dança a música interna do ritmo interno\externo do cada um...Salve a agógica no ritmo sonoro da música das vidas convergentes.


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."
Fernando Pessoa 
Joe

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